Mãe é um ser tão perfeito, com um colo tão quente de afeto que não
conseguimos medir o tamanho de amor que cabe ali naquele laço perfeito.
Sinto saudade da minha...
As vezes, como no meu caso, é preciso ficar sozinho para crescer, amadurecer,
sem pai nem mãe. É assim...
Mas... mesmo assim eu sinto falta da minha mãe, com seu copo de leite quente,
curador de qualquer ferida aberta, seja ela de que espécie for, amor, amizade, saudade, vaidade...
As vezes é preciso estar longe. Sozinha. É preciso estar longe pra sentir a importância de alguém te ferir o peito.
Hoje. Distante, eu sei, não era o leite, era o amor!

Emprestei hoje da lua a solidão, senti o frio do céu azul petróleo, banhado em clara luz falsa da lua solitária!

Vi lá embaixo os enamorados, abraçados em uma esquina, noutra separados, noutra chorosos, nas três iguais 

a todos. Pensei comigo, como tantos sentem e sofrem, adoecem, sorriem, e continuam na terra, como pode isso ser assim? 

Depressão.

Emprestei hoje da lua a tristeza, senti o eco no fundo do núcleo.

Sozinha.

A lua que brilha pra todos.

[...] E depois de muito tempo, venho sentir essa nostalgia, esse aperto suicida de escrever.
Venho deixando pra trás aquilo que era refugio, escapismo.
Entendo que não existe outra maneira, reflito, aceito...
O empoeirado blog volta a funcionar!